Causas da Queda de cabelo: Doença ou algo normal?
Os cabelos servem para a proteção do crânio, e como um importante adorno para o rosto. Toda alteração sofrida pelos cabelos e couro cabeludo acaba influenciando também a autoestima e personalidade da mulher.
Os cabelos caem como parte normal de seu ciclo de vida e é importante diferenciar a queda normal da queda patológica.
Caso você perceba que a queda natural diária dos fios está aumentando ou aumentou bruscamente, o primeiro passo é procurar um dermatologista que vai então iniciar um processo de investigação completa das possíveis origens e causas da queda de cabelo, através:
- Análise do histórico clínico de uso de medicamentos e exames laboratoriais, como o exame de excesso de vitamina A;
- Verificação da presença de doenças como diabetes, câncer, infecções, anemia;
- Identificação de alterações hormonais como hipo e hipertireoidismo;
- Investigação de regimes alimentares que estão em andamento ou foram feitos antes da queda de cabelo;
- Observação de outros fatores indiretos que podem estar causando a queda.
Portanto, cabe ao médico dermatologista examinar o couro cabeludo em busca de alterações e realizar os exames para então determinar se é uma queda normal do ciclo do cabelo ou se é uma queda disfuncional e então fazer o tratamento certo.
A queda disfuncional é causada por doenças sistêmicas como anemia, doenças da tireoide, distúrbios nutricionais e também pode surgir após infecções que cursaram com febre alta, após tratamentos hormonais, após cirurgias e após o parto, dentre as causas mais comuns. Algumas doenças cutâneas podem levar à queda, como a alopecia areata, mas nestes casos, além da queda, há a presença de áreas sem pelos.
Ciclo de Crescimento dos Cabelos:
O fio de cabelo cresce por um período geneticamente determinado, que dura de dois a seis anos. Durante essa fase, chamada anágena, o fio atingirá seu comprimento máximo. Dependendo de quanto ela dure, os seus cabelos poderão ser mais longos ou mais curtos. Depois dessa fase há uma interrupção no crescimento dos fios e tem início a fase catágena, que dura poucas semanas.
Finalmente o fio entra na fase telógena, em que ele se prepara para cair, porém isso só ocorre quando um novo fio está pronto para nascer dentro daquele folículo. Essa última fase dura cerca de três meses.
Um adulto apresenta 10% dos fios na fase telógena! Isso significa que, se considerarmos a quantidade normal de cabelos no couro cabeludo, é absolutamente normal e dentro do esperado uma queda de cerca de 100 fios ao dia.
Na grande maioria dos casos, trata-se apenas da queda normal do ciclo do cabelo.
Mesmo em grandes volumes, essa queda não irá resultar em calvície.
A queda de cabelo é o problema mais benigno que pode ocorrer nos cabelos, pois uma vez eliminada a causa, o paciente recupera todos os cabelos perdidos.
PRINCIPAIS CAUSAS COMUNS DE QUEDAS DE CABELOS:
Alimentação e Dietas
A queda de cabelo pode surgir por diversos fatores e causas, a deficiência de alguns nutrientes e por isso indivíduos que não se alimentam de forma adequada, principalmente com uma dieta pobre em proteína, têm grande probabilidade de ter queda de cabelo.
O corpo utiliza uma série de substâncias (proteínas, minerais, lipídeos, etc) para manter os nossos folículos capilares funcionando. Esses recursos também são necessários em outras partes do corpo, portanto se algum deles estiver faltando, o organismo prioriza os órgãos e sistemas mais importantes. O cabelo é um dos últimos da fila: se não tiver nutriente suficiente, provavelmente ele é que vai ficar sem.
O segredo da alimentação contra queda de cabelo está em aumentar o consumo de alimentos ricos em proteína (são todos os de origem animal) e em selênio, um mineral importante para a formação da pele, cabelos e unhas.
Alimentos que ajudam na queda de cabelo:
Arroz, feijão e lentilhas: têm aminoácidos que quando combinados dão origem a proteínas que formam o colágeno e a queratina, que são componentes que fortalecem os cabelos e por isso quando consumidos regularmente protegem os fios da queda;
Soja: Melhora a circulação no couro cabeludo, diminuindo o risco da queda de cabelo;
Vinagre de maçã: Auxilia na digestão da proteína, fazendo com que esta seja melhor aproveitada pelo organismo. Ele pode ser utilizado de forma tópica ou pode ser ingerido pois ambas as formas evitam a queda de cabelo;
Alecrim: A aplicação do alecrim no couro cabeludo melhora a circulação prevenindo a queda de cabelo;
Frutos do mar: São ricos em magnésio, essencial para a formação das proteínas que fortalecem os fios;
Leite e derivados: Ricos em cálcio, evitam que os cabelos fiquem opacos e quebradiços.
Castanhas e farinha de trigo: alimentos ricos em selênio, mas, como o selênio em excesso pode ser prejudicial ao organismo, aconselha-se o consumo de apenas 1 castanha-do-pará por dia como forma de suplementação deste mineral.
Perda de peso
A queda de cabelo associada a uma grande perda de peso pode ter várias explicações. Uma delas é que o emagrecimento pode ter sido causado por uma dieta muito radical ou por um quadro de hipertireoidismo.
Pode ser também um caso de eflúvio telógeno, um tipo de queda de cabelo temporária que pode acontecer quando o corpo passa por qualquer grande mudança ou impacto. Nesse caso, a tendência é que o cabelo pare de cair assim que o corpo se estabiliza com o novo peso.
Banho muito quente
Outra medida que pode ajudar a evitar a queda de cabelo é evitar banhos muito quentes, principalmente nos meses mais frios. A água quente demais pode deixar os fios ressecados e com as cutículas abertas (o que faz com que eles fiquem mais frágeis), além de irritar a pele do couro cabeludo.
Nos casos em que a queda de cabelo está associada a algum tipo de infecção (como a caspa ou a psoríase, por exemplo), a água muito quente pode acabar piorando o quadro e acelerar mais ainda a perda dos fios.
Alisamento e modelagem térmicos
Muitas vezes pode parecer que o seu cabelo está caindo, quando na verdade ele está se quebrando. A aplicação de calor excessivo (com secadores, pranchas, babyliss e modeladores de cabelo) pode danificar a estrutura dos fios, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a se partirem.
O risco de dano é maior ainda quando o cabelo está molhado. As partículas de água, ao entrarem em contato com uma fonte de calor intenso, podem mudar de estado físico (passar de líquido para gasoso) com muita rapidez. O processo pode causar “bolhas” nos fios e fragilizar a cutícula (camada externa que protege o cabelo).
O ideal é sempre utilizar o mínimo de calor possível: manter a chapinha em temperaturas mais baixas e o secador distante dos fios (nada de encostar a saída do ar quente no cabelo!). Produtos que ofereçam proteção térmica também podem ajudar a amenizar os danos.
Química muito agressiva
Os descolorantes, tinturas e alisamentos químicos mexem com a estrutura dos fios, abrindo a cutícula capilar e dando acesso ao córtex (clique aqui para entender como eles funcionam). Durante a realização desses procedimentos o cabelo fica extremamente exposto e frágil, e se eles não forem feitos corretamente os fios podem ficar opacos, porosos, ressecados e quebradiços. Para evitar esse risco, procure sempre um profissional confiável e faça um teste numa mecha pequena antes de aplicar o produto no cabelo inteiro.
Vale a pena mencionar à parte os alisantes que utilizam formol ou glutaral. Nenhum deles é autorizado pela Anvisa, pois podem causar danos sérios à saúde. Queda de cabelo, ardência nos olhos e irritação na pele do couro cabeludo e nas mucosas da boca e do nariz são os menores problemas: essas substâncias já foram associadas até mesmo ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer.
Penteados apertados
Rabos de cavalo muito apertados, coques como os das bailarinas e penteados com tranças muito rentes ao couro cabeludo causam muita tensão nos fios, o que pode fazer com que eles sejam arrancados dos folículos. A longo prazo, é possível que surja alopecia por tração.
Atenção também aos acessórios utilizados para prender o cabelo, como elásticos, presilhas e fivelas. Além de os modelos muito apertados aumentarem a tensão nos cabelos, alguns podem danificar também a estrutura dos fios, dobrando-os e fazendo com que se quebrem. Prefira os modelos encapados com tecido, sem pontas ou laterais muito afiadas.
Período menstrual
Algumas mulheres costumam ter queda de cabelo mais acentuada durante o período menstrual. Isso pode ter a ver tanto com a flutuação hormonal do período quanto com a perda de sangue (principalmente se o fluxo for muito intenso), que pode intensificar um quadro de deficiência de ferro (mineral que também é fundamental para o crescimento dos cabelos).
Se o caso for brando, pode ser que um reforço na alimentação consiga aumentar os níveis de ferro e reduzir a queda dos fios.
Stress emocional e Ansiedade
Situações de stress psicológico severo e ansiedade podem ser tão debilitantes para o organismo quanto um trauma físico. Uma mudança de cidade, excesso de trabalho, preocupação com algum problema sério, término de um relacionamento, perda de um ente querido ou outras ocorrências podem fazer com que o corpo reaja da mesma forma que a uma doença, concentrando os recursos disponíveis na sua recuperação e deixando de lado as funções secundárias (como o crescimento dos cabelos).
Assim que o corpo se recupera do stress e da ansiedade, a situação tende a se resolver sozinha.
Vocês sofrem com a queda de cabelo?
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